
FOLHA
Era uma folha pousada
no cotovelo do vento:
e pairava, deslumbrada,
entre morte e movimento.
Era uma folha: lembrava,
de tão frágil, o momento
em que a vida me ficava
escrava do teu juramento.
Era uma folha: mais nada.
Antes fosse esquecimento!
David Mourão-Ferreira, in "Os quatro cantos do tempo", Obra Poética, 5ª ed., Editorial Presença, 2006
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