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quinta-feira, novembro 15, 2007

Morre-se devagar


Vê como se morre devagar
neste inverno
que se aproxima da cintura;

como a chuva entra pelo sono
e a sombra mais amarga
se vai juntando à terra nua;

ou a fria chama da cal
tarda

Eugénio de Andrade, in Matéria Solar, Limiar, 1980
Foto: Isabel Solano

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns pelo bom gosto dos poemas e das fotografias com que os ilustras. Aqui está uma coisa que temos em comum, Eugénio de Andrade, adoro, sou uma fã incondicional da sua poesia e fui também da sua pessoa.