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sábado, novembro 03, 2007

Manoel de Barros


Poesia, s.f.

Raiz de água larga no rosto da noite
Produto de uma pessoa inclinada a antro
Remanso que um riacho faz sob o caule da manhã
Espécie de réstia espantada que sai pelas frinchas de
um homem
Designa também a armação de objectos lúdicos com
emprego de palavras imagens cores sons etc.
geralmente feitos por crianças pessoas esquisitas
loucos e bêbados

Manoel de Barros, in O Encantador de Palavras, Quasi, 2000

4 comentários:

Loca disse...

Aqui cheguei através do link na tua foto. É impressionante a coincidência, estive a falar de Manoel de Barros a uma das minhas amigas dos livros.

Guardei nos favoritos, quero cá voltar
:))

isolano disse...

Descobri Manoel de Barros através de um amigo brasileiro (obrigada, Goga!) e foi uma surpresa. São um encanto, fascinação pura, as suas palavras. Só tenho ainda O Encantador de Palavras, mas quero mais!!!

Obrigada pela visita!

isolano disse...

Espera aí... agora é que percebi quem és, Loca! Faltava o Bandoca... :-)

(Como é que se marcam contactos nesta coisa dos blogger?...)

Unknown disse...

Fico muito contente que você tenha gostado do Manoel de Barros. Além de ser um poeta fascinante é um ser humano muito raro, simples e humilde em seus 90 anos. Vive em minha Campo Grande, lá no Brasil.
Seu Ver Inverso é tão magnífico quanto suas fotos.
Grande abraço,
Goga