
No quente de um café à beira-mar
olho as ondas que embalam o meu sonho
náufrago de mim, perdido
em sons ecos de búzio oco
esquecido
Pela areia húmida há passos sem sentido
deambulações sem tempo conhecido
vultos já sem sombra
sinais sem vida
no morno de um café à beira-mar
perco-me do meu sonho perdido
Rui de Morais, in Caminhante, inédito, 2007
Foto: Isabel Solano
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