Que pena não encontrar este soneto que hoje ouvi dito pelo próprio autor, Gabriel Gonçalves, na Galeria Luís Verney. "A terra treme" de tanta simplicidade, clareza do verso, musicalidade, ritmo. Tudo nas formas clássicas, que - diz o poeta - um poema não é um sem-abrigo, precisa de uma casa. E que bem casaram os poemas de Gabriel Gonçalves em fados cantados e tocados, como se já não fossem suficientemente musicais as palavras simplesmente ditas.
Os poetas da sombra, como alguém lhes chamou, precisam de mais luz. Gostei de ver a luz pousada durante duas horas em Gabriel Gonçalves. Dele retive estes dois versos: "que seja sempre livre e não sujeito / o homem que deveras ama a vida".
Sem comentários:
Enviar um comentário