
Há por vezes estes vazios
que escoam as palavras;
a mão tolhida não escreve
a folha dorme calada.
Há por vezes esta tristeza
que chega sem ser chamada,
que me quer só, isolada.
Há por vezes este grito
que me acorda estremunhada;
não sei de onde vem
nem o que quer dizer-me
porém devolve-me à estrada.
Há sempre este caminho
tão longo... que nunca acaba.
Bárbara Pais, in Não Sei Falar de Mim, inédito, 2008
Foto: Isabel Solano
1 comentário:
Palavras que preenchem vazios
Boa noite
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