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quarta-feira, fevereiro 13, 2008

O caminho
























Há por vezes estes vazios
que escoam as palavras;
a mão tolhida não escreve
a folha dorme calada.

Há por vezes esta tristeza
que chega sem ser chamada,
que me quer só, isolada.

Há por vezes este grito
que me acorda estremunhada;
não sei de onde vem
nem o que quer dizer-me
porém devolve-me à estrada.

Há sempre este caminho
tão longo... que nunca acaba.

Bárbara Pais, in Não Sei Falar de Mim, inédito, 2008
Foto: Isabel Solano

1 comentário:

R de Regina disse...

Palavras que preenchem vazios
Boa noite