A verdade é que vivo de paixões
paixão de luz, de mar, de amar
o mundo de todas as maneiras
de ver pelo teu olhar, pelo meu
mas sempre inteira me entrego
a tudo o que me toca
assim sou eu
Hoje amo a palavra
e me torno sua escrava
trago-a ao peito emoldurada
aos seus pés me deito
e lhe rogo que fique
que não me esqueça
me aqueça o corpo, a alma
se enrosque toda em mim
e me obedeça no fim
quando a mandar embora
porque outra paixão me chama
A chama acesa sempre
sou eu assim
Bárbara Pais, in Não Sei Falar de Mim, inédito, 2008
Foto: Isabel Solano
1 comentário:
"Não sei falar de mim" expressa o muito de todos nós.
Bravo!
Enviar um comentário