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sábado, fevereiro 16, 2008

Teia de amor


o que me custa é pensar que pode ficar por dizer
o que não disse por falta de tempo
oportunidade vergonha pudor vaidade
orgulho ferido puro esquecimento

e sem que termine o meu tempo
grito já hoje aqui - antes que de novo
esqueça - que mesmo que não pareça
te amo a ti a vós todos amo
que passastes por mim todos estes anos

pois desses cruzamentos de vidas
desse vaivém em mim enredado
fui tecendo em completo descuidado
sem cuidar que a tinha
a teia que é agora a minha

Bárbara Pais, in Não Sei Falar de Mim, inédito, 2008
Foto: Isabel Solano

1 comentário:

R de Regina disse...

A foto e estas palavras como a descrever este mágico mundo de encontros, reencontros,desencontros.
Boa semana:-)