Despede-te do céu e desta praia.
Recebe as cores do mar e sobretudo
esquece o dia e a noite.
Repara como as ondas se desfazem
e são a tua vida sob o peso
do mundo. Nada esperes
e nada prometas aos deuses.
Felizes as palavras que disseres;
felizes todos os caminhos.
Procura-me
quando tiveres perdido o rosto, a tua própria
alma.
Fernando Pinto do Amaral, in "Litorais", Às Cegas, Relógio d'Água, Lisboa, 1997
Foto: Isabel Solano
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