
"atravessamos a vida nos mapas e deixamos o corpo em todos os lugares"
(Rui Cóias)
(Rui Cóias)
Esqueçamos o voo das aves.
Abrimos rotas sem memória de tempo
no espaço todo de conquista.
Atravessamo-los sem deixar trilho
(os passos nunca tocam o solo)
atentos ao cheiro da manhã orvalhada,
vendo cada gotícula de neblina.
Acende-se o corpo mais
quando deixamos de pensar;
ainda que as aves continuem a voar
ainda que todos os lugares
tenham desenhos de outros corpos
impressos nos mapas.
11/05/2008
Isabel Solano, in Entretextos, inédito, 2008.
Foto: Isabel Solano
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