No silêncio do coro das cigarras
há um calor que me agarra
ao cheiro a chão e ervas
secas por sóis que ardem.
Ouço as notas do riacho
que corre ali mesmo ao lado,
estendo a mão às amoras
reluzentes, carmins, gordas.
Mordo-as. E sou já terra
da terra que ainda hei-de ser.
21/05/2008
Isabel Solano, in Entretextos, inédito, 2008.
Foto: Isabel Solano
Sem comentários:
Enviar um comentário