
Eu contarei a beleza das estátuas -
Seus gestos imóveis ordenados e frios -
E falarei do rosto dos navios
Sem que ninguém desvende outros segredos
Que nos meus braços correm como rios
E enchem de sangue a ponta dos meus dedos.
Sophia de Mello Breyner Andresen, No Tempo Dividido, 4ª ed., Caminho, 2005.
Foto: Isabel Solano
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