
II
Espremo um gomo entre a língua e o palato.
Como se pintasse frescos na cúpula,
aguarelo a manhã pelo pensamento incolor.
Misturo mais azul, abro o brilho,
contrasto as cores que já vejo.
Posso viver só de laranjas
e do ar que respiro,
com vista para o mar,
aqui, onde escolhi ficar.
03/01/2009
Isabel Solano, in "Em tons de laranja", Até ao lugar onde - 30 poemas e 1 mapa, inédito, 2009.
Foto: Isabel Solano
1 comentário:
Uma poesia "sumarenta" cultivada num laranjal de palavras.
Parabéns!
Isa
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