
São apenas folhas caídas
em mil cores que o vento sopra
tantas outras despedidas
de verdes que outrora foram
São apenas folhas caídas
no empedrado das ruas
ou na terra humedecida
por entre árvores nuas
São apenas folhas caídas
por outras que irão nascer
e entregam-se coloridas
que pouco importa morrer
30/11/2008
Luísa Veríssimo, in Mais Poemas, inédito, 2008
Fotografia: Isabel Solano
8 comentários:
fino e depurado - o poético verdadeiro num poema que contagia!
abraços meus!
folhas e penas caídas
também caem sem ser no chão
ao longo do tempo caídas
como água p'los dedos da mão
:-) inspirou-me :-)
muito bonito o texto
quem é Luísa Veríssimo?
Muito obrigada pelo comentário e pela visita, paradoXos!
Gostei dessa inspirada inspiração! :-) E mais uma vez agradeço a visita.
Quem é Luísa Veríssimo? :-)))
É apenas uma entre mais alguns que partilham comigo este blogue e alguns momentos de entropia. Conheço-a há muito tempo, mas tão mal como a mim própria, o mesmo sucedendo em relação aos restantes "companheiros". Teve graça essa pergunta :-)))
Toda textura de um tapete de flores caídas, de mil cores, a servir de caminho para um coração. Lindo poema.
Fico um pouco por aqui.
Um bálsamo em tudo.
Gostei da música, também:-)
Beijocas
Por falar em bálsamo, a gente se há-de ver por aí, num ou noutro lado do ribeiro. Beijo, Chiara!
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