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domingo, janeiro 25, 2009

Apenas folhas caídas

Leaves me confused

São apenas folhas caídas
em mil cores que o vento sopra
tantas outras despedidas
de verdes que outrora foram

São apenas folhas caídas
no empedrado das ruas
ou na terra humedecida
por entre árvores nuas

São apenas folhas caídas
por outras que irão nascer
e entregam-se coloridas
que pouco importa morrer

30/11/2008

Luísa Veríssimo, in Mais Poemas, inédito, 2008
Fotografia: Isabel Solano

8 comentários:

Heduardo Kiesse disse...

fino e depurado - o poético verdadeiro num poema que contagia!

abraços meus!

Heduardo Kiesse disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Pedro disse...

folhas e penas caídas
também caem sem ser no chão
ao longo do tempo caídas
como água p'los dedos da mão

:-) inspirou-me :-)

muito bonito o texto
quem é Luísa Veríssimo?

isolano disse...

Muito obrigada pelo comentário e pela visita, paradoXos!

isolano disse...

Gostei dessa inspirada inspiração! :-) E mais uma vez agradeço a visita.

Quem é Luísa Veríssimo? :-)))
É apenas uma entre mais alguns que partilham comigo este blogue e alguns momentos de entropia. Conheço-a há muito tempo, mas tão mal como a mim própria, o mesmo sucedendo em relação aos restantes "companheiros". Teve graça essa pergunta :-)))

Alfredo Rangel disse...

Toda textura de um tapete de flores caídas, de mil cores, a servir de caminho para um coração. Lindo poema.

R de Regina disse...

Fico um pouco por aqui.
Um bálsamo em tudo.
Gostei da música, também:-)
Beijocas

isolano disse...

Por falar em bálsamo, a gente se há-de ver por aí, num ou noutro lado do ribeiro. Beijo, Chiara!