Este país já nem sequer existe
a primavera mente mansa e morna
o tempo corre em ritmo decadente
o vento sopra forte e apaga os traços
dos passos que deixamos pelo caminho
Este país extinguiu-se mudo para o mundo
e nem o mar que um dia tanto amou
chorou o instante em que ele se finou
29/03/2009
Isabel Solano, in Esquecimento global, inédito, 2009.
Foto: Isabel Solano
3 comentários:
Isabel, palavras como um cinzel.
Impossível deixar de sentir.
Imposssível não ver.
Impossível
Mas talvez viva ainda enquanto houver em algm canto quem por ele ame o mar...
Gosto das tuas palavras... Um abraço grande!
Decadência e bom gosto, como não me apaixonar? Nem sei se gosto mais do poema, se da imagem e, de resto, um sem o outro já não fariam sentido. Vamos então fazer votos para que, tal como tantos outros, vão vivendo muito felizes -mesmo sem se casar ter filhos.
(:
I'm glad I have you back on my blog, Madame Solano!
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