Leio e cobiço o Poeta
que quer morrer por um bocado
que isto de andar neste viver
o vem trazendo tão cansado
A morte adormeceu-lhe ao colo
e a um canto do quarto ali está ela
a mulher que vela o sono de ambos
tricotando o tempo devagar
para que o descanso se demore
e o Poeta só acorde
farto da sua própria morte
17/11/2007
Isabel Solano, in Errância, inédito, 2007.
Foto: Isabel Solano
2 comentários:
belo belo belo
da morte o regresso presto
à morte tempo emprest(im)o
encontro terno adiado
tempo vivo deslado
tempo o dia do
tempo o|dia|do
Pedro
'a morte adormece-lhe ao colo'...
tenho saudades!
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