
O homem do violino
toca à porta do mercado.
Transporta a gente que passa
ao som de outro destino.
Volteia o arco nas cordas,
acorda o povo que dorme
e que vem saciar a fome
de outras frases, musicais.
Pára o tempo,
cessa a máquina da urbe.
Tudo fica suspenso,
tudo.
18/11/2007
Isabel Solano, in Errância, inédito, 2007.
Foto: Isabel Solano
1 comentário:
Que delícia de poesia. Me senti embalado por estes sons, viajando ao paraíso e voltando para a urbe. Que dorme.
Beijo
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